quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Democracia, Soberania nacional e Mundialização

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Há quem afirme que, desta tríade, apenas podemos conciliar simultâneamente dois vértices.

Se isso for assim, e partindo do princípio básico de que, sem a Democracia assegurada, nada mais tem valor em Política, restam-nos duas hipóteses: prescindir ou da Mundialização, ou da Soberania nacional!

Dilema para mim muito fácil de solucionar: não tenho dúvidas de que, estando um belo dia a Democracia implantada em todo o Planeta e garantidos os mecanismos de segurança e prosperidade que assegurem a Soberania nacional de pequenas e médias como das grandes Nações, a Mundialização não fará falta absolutamente nenhuma...

Tornar-se-á até, quanto a mim, uma criação detestável da "civilização" hodierna, dos homens com cérebros de silicone, corações de níquel e almas de plástico!

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ataque descabelado, inoportuno e injusto de Isabel Moreira a Marinho Pinto.

Como diria o famoso Sir Humphrey, ou aliás o seu Ministro: «- ESTOU SIDERADO!».

Este texto mesquinho, totalmente inesperado (no conteúdo e na forma) e profundamente deplorável, provindo de uma individualidade política que, apesar de desconhecer em absoluto, bastante admiro, prova cristalinamente estas duas coisas terríveis:

1ª) A "élite jurídica" portuguesa atual, seja ela formada pelas escolas superiores privadas ou pelas públicas (olha o velho Suarez Martinez a rir-se ali no retrovisor!), vive e, pior ainda, labora e labuta envolta numa carapaça de formalidade oca e de tal modo blindada, que se tornou inumanamente insensível a todo e qualquer vestígio de essencialidade e de materialidade no exercício do Direito - e isto é absolutamente DRAMÁTICO para a Sociedade portuguesa!

2ª) A douta Constitucionalista Isabel Moreira representa fielmente uma geração de meninges jovens, mas completamente enoveladas e desprovidas de uma firme estrutura mental, filosófica, ética e lógica, seguramente fruto do descalabro pedagógico do Ensino nacional pós-Veiga Simão e geração à qual, mesmo até quando individualmente se detetam elevadas qualidades intelectuais e morais - como indiscutivelmente é o caso desta Autora -, escasseia a capacidade de conceber e adequar a sua intervenção cívica e política ao contexto social e mental em que vivemos, resultando globalmente numa praxis desconexa, inconsequente e estéril, que não faz pedagogia, não traz consequências, não produz "inscrições" e não origina quaisquer frutos na mentalidade e na consciência coletiva!

Digo tudo isto com bastante mágoa, depois de há poucos dias ter publicamente confessado que a única e honrosa representante do meu boletim de voto na atual Assembleia da República era (e ainda é, não sei é por quanto tempo mais...) a Deputada Isabel Moreira!
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BOM, não vou agora aqui opinar sobre António Marinho Pinto, o... "BOA" - isabelino acrónimo (para "Bastonário da Ordem dos Advogados"), porventura o mais infeliz e debilóide da última centúria na Política portuguesa! -, que muito sinceramente me parece ser um Homem honesto e desassombrado, embora algo rude (será isto "crime"?...), mas que pretende "escrever direito" na Justiça e na Opinião Pública portuguesas e indubitavelmente tem-no conseguido - e com com notável mérito -, ainda que, às vezes, por linhas (apenas aparentemente?) "tortas".

Digo somente isto: quem não tem capacidade para ler e compreender, A TEMPO, o que se escreve escorreito e direito, apenas porque as linhas onde se escreveu estão (ou parecem estar) tortas, acabará forçosamente a "escrever torto", ainda que por linhas impecavelmente... Direitas!


Mas desses, muito seguramente, não rezará o "retrovisor"...